É possível vender uma marca?
- Ferranti Bianchini Advocacia
- há 8 horas
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Não só é possível como uma marca pode valer milhões de reais.
A marca é o principal patrimônio de uma empresa, porque é ela que determina quais são os produtos ou serviços, que qualidade eles têm e o quanto eles são conhecidos no mercado entre os consumidores.
Ainda, é a marca registrada que evita que concorrentes te copiem ou que consumidores sejam confundidos com outras.
E uma marca pode ser comercializada, já que ela é um patrimônio.
Ela pode ser vendida junto com a empresa, quando é vendido o CNPJ.
Ela pode ser vendida separadamente, somente a marca vai para outro dono, mas o CNPJ fica com quem já detinha ele.
Ela pode ser de uma pessoa física (CPF) e ser transferida para um CNPJ ou vice-versa.
Por exemplo, a marca Matte Leão, criada por Leão Júnior em 1901, foi vendida em 2007 para a Coca‑Cola Brasil – um caso clássico de marca com nome pessoal transferida para uma grande empresa. Outro exemplo é a Balas Juquinha, nascida em 1950, que passou por diferentes donos até ter sua fórmula comprada em 2015 por novo investidor, mantendo a marca ativa. E a Dako, criada por Joaquim Penteado em 1935, mudou de mãos várias vezes: foi para a GE, depois Mabe, e em 2016 foi adquirida pela Electrolux por cerca de R$ 70 milhões.
E o que fazer quando uma marca é vendida?
A transferência da titularidade!
Esse procedimento é feito no sistema do INPI e é ele que vai regularizar o dono da marca.
É preciso apresentar no INPI o documento de cessão da marca (que não precisa ser o contrato de compra, afinal, ele contém valores que podem ser sigilosos e documentos apresentados ao INPI ficam públicos!).
Além disso, documento do novo dono e documento do dono anterior – e procuração, se o procedimento for feito por advogado, o que é recomendado!
A transferência de titularidade tem custo no INPI e pode ter também se for assessorado por advogado.
Ela é essencial para que você proteja esse patrimônio, afinal, marcas podem ser penhoradas e ninguém quer perder algo por uma dívida do antigo dono, certo?!
Existe uma exceção para esse procedimento: se o CNPJ foi vendido, assim como a marca, e a marca estava registrada no CNPJ, ao transferir o CNPJ na Junta Comercial para o novo proprietário, não é preciso modificar nada no registro de marca.
Empresas sérias protegem seus ativos — e a marca é um dos principais patrimônios de qualquer negócio.
Mais do que um nome, ela representa confiança, diferenciação e autoridade no mercado.
Cuidar da sua marca é cuidar da longevidade da sua empresa.
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Caroline Andréia Klein
Mestranda em Direito das Empresas e dos Negócios
OAB/RS 126.386
@carolineandreia_klein
@ferrantiebianchiniadvocacia

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